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A Padroeira

"Rezai o Terço todos os dias. Rezai, rezai muito! E fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o Inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas. Quando rezardes o Terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu bom Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.”

Nossa Senhora de Fátima é venerada como padroeira de Fátima, Portugal, e é uma das figuras mais importantes da devoção mariana na Igreja Católica. A origem dessa veneração está nas aparições que, segundo a tradição, ocorreram em 1917, quando a Virgem Maria apareceu a três crianças pastorinhas – Lúcia dos Santos e seus primos, Jacinta e Francisco Marto – no campo da Cova da Iria. Durante seis aparições entre maio e outubro daquele ano, sempre no dia 13, Nossa Senhora transmitiu mensagens de profunda importância espiritual, pedindo oração, penitência e conversão dos pecadores, com ênfase especial na recitação diária do Rosário. Ela também revelou segredos relacionados ao futuro da Igreja e da humanidade, incluindo profecias sobre a Segunda Guerra Mundial e a difusão do comunismo.

O conteúdo das aparições de Nossa Senhora de Fátima sublinhou temas como a importância do sacrifício e da reparação pelos pecados do mundo, bem como a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, como forma de prevenir maiores calamidades globais. A devoção a Nossa Senhora de Fátima se espalhou rapidamente após os eventos de 1917, especialmente após o “Milagre do Sol” – um fenômeno testemunhado por milhares de pessoas em 13 de outubro, que reforçou a autenticidade das aparições aos olhos dos crentes.

Com o passar dos anos, o Santuário de Fátima, erigido no local das aparições, tornou-se um dos mais importantes centros de peregrinação mariana no mundo. A devoção a Nossa Senhora de Fátima ultrapassou as fronteiras de Portugal, ganhando adeptos em todo o mundo, especialmente em momentos de crise internacional. A mensagem de Fátima, centrada na oração pela paz mundial e na conversão dos corações, continua a ressoar de maneira significativa no contexto global.

Nossa Senhora de Fátima é reconhecida pela Igreja como intercessora pela paz e protetora dos fiéis. O Papa João Paulo II, particularmente devoto de Nossa Senhora de Fátima, creditou a sua intercessão pelo milagre de salvar sua vida após o atentado sofrido em 13 de maio de 1981, coincidindo com a data da primeira aparição. Ela é celebrada como símbolo de esperança, amor e misericórdia, convidando os fiéis a viverem uma vida de oração e compromisso com a fé cristã.
  • Primeira Aparição
  • Segunda Aparição
  • Terceira Aparição
  • Quarta Aparição
  • Quinta Aparição
  • Sexta Aparição
Primeira Aparição
Foi a 13 de maio de 1917, como se disse, quando Portugal via morrer seus filhos nos campos de batalha, em França.

Três criancinhas apascentavam um pequeno rebanho de ovelhas na Cova da Iria.

A mais velha, Lúcia de Jesus, bastante alta e forte para os seus dez anos, fizera já a sua primeira comunhão. Os seus dois primos Francisco e Jacinta Marto tinham respectivamente nove e sete anos. Nenhuma sabia ler: pobres filhos da serra, alegre e despreocupado, brincavam alegres nesse dia de maio, enquanto as ovelhas pastavam pacificamente.

Por volta do meio dia, Lúcia lembrou a reza do terço que tinham por costume todos os dias. Acabada a oração, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, quando, de repente, uma luz brilhante cortou rápido o céu. Julgando ter sido algum relâmpago, não obstante o céu sereno e desanuviado, a toda a pressa juntou o rebanho. Mas eis que novo clarão iluminou o espaço e as crianças notaram com espanto, em cima de uma pequena azinheira, uma Senhora de incomparável beleza toda resplandecente de luz. Parecia ter os seus 17 anos. Velava-lhe o semblante que leve sombra de tristeza e dor. Das mãos erguidas pendia um rosário de brancas pérolas. O vestido era também branco. Da fronte inclinada de que transparecia uma ternura infinda, descia um magnífico manto orlado de ouro até aos pés, que mal se viam sobre a nuvem luminosa. O conjunto da atitude e do trajar era digno e majestoso. Da aparição emanava um resplendor que o olhar mal podia suportar. O primeiro pensamento dos pastorinhos foi fugir. Mas a Senhora os deteve prometendo que não lhes faria mal algum. Deviam vir àquele lugar, sempre pelo meio dia a 13 de cada mês até outubro.

Logo que recuperou a fala, Lúcia perguntou se ela, o Francisco e a Jacinta iriam para o céu. A senhora respondeu que era preciso rezar o rosário.

Terminada a aparição, as crianças olharam-se estupefatas e Lúcia perguntou aos primos se haviam visto e ouvido alguma coisa. Que sim. Respondeu Jacinta sem hesitar. Francisco disse que tinha visto muito bem, mas nada ouvira.
Seguidamente Lúcia recomendou que nada dissessem para não passarem por mentirosos, nem fosse caso que lhes ralhassem ou batessem.

Mas os dois irmãos não puderam conter-se e disseram tudo. A mãe destes foi à casa dos pais da Lúcia para se informar ao certo do que acontecera.

Lúcia vendo, então, que tudo se sabia, contou com sinceridade ocorrido. Dentro de pouco o caso era objeto de todas as conversas.
Segunda Aparição
A mais velha, Lúcia de Jesus, bastante alta e forte para os seus dez anos, fizera já a sua primeira comunhão.

Os seus dois primos Francisco e Jacinta Marto tinham respectivamente nove e sete anos.

Nenhuma sabia ler: pobres filhos da serra, alegre e despreocupado, brincavam alegres nesse dia de maio, enquanto as ovelhas pastavam pacificamente.

Ensinou-lhes também está oração, que deviam rezar depois de cada dezena:

‘Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem’

E acabou por lhes confiar um segredo que as crianças conservaram inviolável. Lúcia recebeu ordem de aprender a ler.

A princípio ninguém dava crédito às crianças. A 13 de junho, dia da segunda aparição na Cova da Iria, havia umas 60 pessoas.
Terceira Aparição
Dia 13 de julho.

Caso avolumava-se, Cerca de 5.000 pessoas se haviam juntado na Cova da Iria.

Quando a senhora apareceu no céu, do lado do Oriente, Lúcia ordenou aos presentes que se ajoelhassem.Quando a senhora apareceu no céu, do lado do Oriente, Lúcia ordenou aos presentes que se ajoelhassem.

A Imagem de N.Sra. de Fátima, venerada no Santuário do Sumaré, em São Paulo
À pergunta sobre a sua procedência, a aparição respondeu amavelmente que vinha do céu.

Novamente recomendou a reza do rosário e acrescentou, que era por causa da guerra, porque só a sua intercessão poderia socorrer-nos.

A instâncias de pessoas que pediam provas, Lúcia perguntou à Senhora, o que faria Ela para que o povo acreditasse nas aparições.

A Senhora prometeu para o dia da última aparição um grande prodígio no céu.
Quarta Aparição
Devia realizar-se a 12 de agosto.

Pelo meio dia, muitos milhares de pessoas se tinham juntado nesse lugar.

De repente chega um rapazito correndo, e conta que o Administrador fora à casa dos pais das crianças oferecendo-se para levá-las no seu carro ao lugar das aparições, mas que tinha fugido a toda a velocidade em direção à Vila Nova de Ourém. A multidão revoltou-se, e protestou.

A Imagem de N.Sra. de Fátima, venerada no Santuário do Sumaré, em São Paulo
Dois dias as retiveram o Administrador em sua casa para convencê-las de impostura.

Não conseguindo que se contradissessem, ou revelassem o segredo confiado pela aparição, apesar de todas as promessas, carícias e ameaças, entregou-as aos pais.

A 19 de agosto, apascentavam o rebanho no sítio dos Valinhos quando, com grande admiração sua, vêm aparecer-lhes a senhora.

Queixou-se Ela da violência que lhes haviam feito e declarou que em castigo o prodígio de outubro seria menos grandioso.
Quinta Aparição
Era pelo tempo das vindimas. Apesar da urgência do trabalho, ainda lá compareceram à volta de 20.000 pessoas.

A multidão aproximou-se respeitosa do lugar das aparições. Os homens descobriram-se. Quase todos estavam de joelhos e rezavam com fervor. Ao meio dia em ponto, o sol começou a perder o brilho.

A atmosfera tomou uma cor de ouro, talvez produzida pela diminuição da luz solar. Os videntes tinham ficado junto da árvore e viram pela quinta vez, como declararam, a aparição. Recomendaram-lhes, mas uma vez, a reza do rosário, para obterem o fim da guerra. Prometeu que no mês seguinte apareceria também São José com o Menino Jesus e que este abençoaria o povo.
Sexta Aparição
Na tarde do dia 12 de outubro de 1917, uma grande multidão de pessoas, vindas muitas delas de terras distantes, tinham ocorrido de toda parte e se achavam já reunidas na Cova da Iria. O céu cobrira-se de nuvens e a chuva miudinha, que começara de cair, não parou em toda a manhã do dia 13, de modo que a Cova da Iria tornou-se em breve um verdadeiro lamaçal. Cálculos bem fundados computaram em setenta mil os assistentes.

Meia hora antes da aparição, chega os Pastorinhos e dirigem-se para junto da azinheira. A chuva teimosa e persistente continuava a atormentar os forasteiros. Mas ninguém desanima. Os últimos carros chegam com os retardatários. Grupos de fiéis prostraram-se de joelhos, na lama, e Lúcia pede para fecharem os chapéus. Todos lhe obedecem prontamente! A criança anuncia então que a Senhora de novo lhe havia aparecido e falado, declarando, outrossim, que era a Senhora do Rosário.

Espetáculo único no seu gênero (espetáculo que poderá parecer incrível a quem não haja presenciado) se produziu então. De repente, rasgaram-se as nuvens e a chuva parou completamente. Duma elevação do caminho vê-se a multidão inumerável voltar-se para o sol, que aparecia agora no pino do céu, sem nuvens e sem mancha. Assemelhava-se a um disco de prata. Podia fitar-se afoitamente; o seu calor não queimava, nem o seu brilho cegava. Parecia estar-se em presença dum eclipse mais eis que a multidão rompe num grito e o clamor que então se fez ouvir foi estrondoso: Milagre! Milagre!

Na Cova da Iria, observando o fenômeno solar. Qual roda de fogo, girava sobre si mesmo, com uma rapidez indescritível. O seu núcleo era escuro e só as bordas brilhavam. Parecia que tendo saído de sua órbita, se precipitava sobre o planeta que habitamos. Muitos gritavam já perdidamente, julgando ser chegado o fim do mundo. Ao mesmo tempo, feixes de luz de todas as cores do arco-íris espalhavam-se por cima da multidão, revestindo tudo e todos de amarelo, azul e escarlate, provocando assim nos circunstantes indizível admiração. Uma coluna de fumo semelhante a uma nuvem, a três ou quatro metros do solo, pairava sobre o local. Este acontecimento repetiu-se por três vezes bem distintas.

O espetáculo durou ao todo dez minutos. Fotografias tiradas naqueles breves momentos mostraram o sol semelhante a um disco de centro escuro e bordas luminoso. Consta do processo canônico, que o fenômeno solar foi observado por pessoas que encontravam a cinco e mais quilômetros de distâncias. Não podia admitir, portanto, qualquer sombra de sugestão. Ainda estas circunstâncias: Terminado o fenômeno, notaram todos com surpresa, que os próprios fatos, pouco antes encharcados, estavam completamente enxutos.